Numa caça, o cão galgo perde o interesse pela lebre apanhada tão logo ela morre entre suas mandíbulas. Quando a presa deixa de movimentar-se, o cão caçador cospe-a à terra e procura outras vidas em fuga para dar fim.
Quanto mais distante a presa, mais atrativa ela é para o galgo. E dificilmente ele dá-se por vencido. Mas o ciclo é sempre o mesmo: mirar o animal, preencher-se de desejo, contrair até o último músculo para capturá-lo, observá-lo jazer na boca, cuspi-lo e, por fim, visar outro ainda cheio de vida. Não há um ponto final, nem a satisfação que o acompanharia.
Um cão assim não persegue sua caça... Persegue sua própria obsessão.
Ele persegue as dele. Nós, as nossas.
Com a diferença de que as deles são palpáveis. As nossas, ilusões que criamos devido a uma incapacidade de plenitude.
A cada período, uma pessoa, uma posse, uma ocupação, um lugar novo para desejarmos. O que seria muito interessante, se no fim restasse outra coisa que não o vazio.
Quanto mais distante a presa, mais atrativa ela é para o galgo. E dificilmente ele dá-se por vencido. Mas o ciclo é sempre o mesmo: mirar o animal, preencher-se de desejo, contrair até o último músculo para capturá-lo, observá-lo jazer na boca, cuspi-lo e, por fim, visar outro ainda cheio de vida. Não há um ponto final, nem a satisfação que o acompanharia.
Um cão assim não persegue sua caça... Persegue sua própria obsessão.
Ele persegue as dele. Nós, as nossas.
Com a diferença de que as deles são palpáveis. As nossas, ilusões que criamos devido a uma incapacidade de plenitude.
A cada período, uma pessoa, uma posse, uma ocupação, um lugar novo para desejarmos. O que seria muito interessante, se no fim restasse outra coisa que não o vazio.
(A postagem original foi de 29/05/08. Mas o karma se repete)
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