"Conhece-te a ti mesmo"
Eu (aqui, na "pólis" típica):
Agüenta-te a ti mesmo, infeliz.
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Santo Agostinho (período patrístico, primórdios do feudalismo):
"Senhor, dai-me a castidade e a continência - mas não agora."
Eu (aqui, no período burguês com resquícios feudais):
Senhor, dai-me a reflexão e a paz interior - mas não agora.
Uns trocados, quem sabe, seriam de bom grado.
...
Blaise Pascal (modernidade, apesar de dissonar nela):
"O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas um caniço pensante. Não é preciso que o universo arme-se para esmagá-lo: uma vapor, um gota de água basta para matá-lo. Mas mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre do que o que o mata, pois sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo desconhecesse isso."
Eu (aqui, na contemporaneidade dissonante):
Por favor, me esmague. Porque não consigo parar de pensar e já não agüento mais tanta insônia. Minhas olheiras não me tornam mais nobre que o universo.
Eu (aqui, na contemporaneidade dissonante):
Por favor, me esmague. Porque não consigo parar de pensar e já não agüento mais tanta insônia. Minhas olheiras não me tornam mais nobre que o universo.
2 comentários:
as minhas olheiras chegam antes de qquer coisa. aprendi a gostar delas. sem minhas olheiras nada sou, pq elas são exatamente aquilo que sou... resquícios de noites mal dormidas, insônias, destemperos, agonias....
Tuas olheiras já estão negras como o universo? hahahahahahahhaha
Gostei do texto! Em especial a parte do Agostinho...
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